quinta-feira, 24 de maio de 2012

As 95 Teses de Martinho Lutero

As 95 Teses de Martinho Lutero

por
Martinho Lutero

Em 31 de Outubro de 1517, Martinho Lutero afixou na porta da capela de Wittemberg 95 teses que gostaria de discutir com os teólogos católicos, as quais versavam principalmente sobre penitência, indulgências e a salvação pela fé. O evento marca o início da Reforma Protestante, de onde posteriormente veio a Igreja Presbiteriana, e representa um marco e um ponto de partida para a recuperação das sãs doutrinas.


Movido pelo amor e pelo empenho em prol do esclarecimento da verdade discutir-se-á em Wittemberg, sob a presidência do Rev. padre Martinho Lutero, o que segue. Aqueles que não puderem estar presentes para tratarem o assunto verbalmente conosco, o poderão fazer por escrito.
Em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.
 
1ª Tese
Dizendo nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo: Arrependei-vos...., certamente quer que toda a vida dos seus crentes na terra seja contínuo arrependimento.
2ª Tese
E esta expressão não pode e não deve ser interpretada como referindo-se ao sacramento da penitência, isto é, à confissão e satisfação, a cargo do ofício dos sacerdotes.
3ª Tese
Todavia não quer que apenas se entenda o arrependimento interno; o arrependimento interno nem mesmo é arrependimento quando não produz toda sorte de modificações da carne.
4ª Tese
Assim sendo, o arrependimento e o pesar, isto é, a verdadeira penitência, perdura enquanto o homem se desagradar de si mesmo, a saber, até a entrada desta para a vida eterna.
5ª Tese
O papa não quer e não pode dispensar outras penas, além das que impôs ao seu alvitre ou em acordo com os cânones, que são estatutos papais.
6ª Tese
O papa não pode perdoar divida senão declarar e confirmar aquilo que Já foi perdoado por Deus; ou então faz nos casos que lhe foram reservados. Nestes casos, se desprezados, a dívida deixaria de ser em absoluto anulada ou perdoada.
7ª Tese
Deus a ninguém perdoa a dívida sem que ao mesmo tempo o subordine, em sincera humildade, ao sacerdote, seu vigário.
8ª Tese
Canones poenitendiales, que não as ordenanças de prescrição da maneira em que se deve confessar e expiar, apenas aio Impostas aos vivos, e, de acordo com as mesmas ordenanças, não dizem respeito aos moribundos.
9ª Tese
Eis porque o Espírito Santo nos faz bem mediante o papa, excluído este de todos os seus decretos ou direitos o artigo da morte e da necessidade suprema
10ª Tese
Procedem desajuizadamente e mal os sacerdotes que reservam e impõem aos moribundos poenitentias canonicas ou penitências para o purgatório a fim de ali serem cumpridas.
11ª Tese
Este joio, que é o de se transformar a penitência e satisfação, Previstas pelos cânones ou estatutos, em penitência ou penas do purgatório, foi semeado quando os bispos se achavam dormindo.
12ª Tese
Outrora canonicae poenae, ou sejam penitência e satisfação por pecadores cometidos eram impostos, não depois, mas antes da absolvição, com a finalidade de provar a sinceridade do arrependimento e do pesar.
13ª Tese
Os moribundos tudo satisfazem com a sua morte e estão mortos para o direito canônico, sendo, portanto, dispensados, com justiça, de sua imposição.
14ª Tese
Piedade ou amor Imperfeitos da parte daquele que se acha às portas da morte necessariamente resultam em grande temor; logo, quanto menor o amor, tanto maior o temor.
15ª Tese
Este temor e espanto em si tão só, sem falar de outras cousas, bastam para causar o tormento e o horror do purgatório, pois que se avizinham da angústia do desespero.
16ª Tese
Inferno, purgatório e céu parecem ser tão diferentes quanto o são um do outro o desespero completo, incompleto ou quase desespero e certeza.
17ª Tese
Parece que assim como no purgatório diminuem a angústia e o espanto das almas, nelas também deve crescer e aumentar o amor.
18ª Tese
Bem assim parece não ter sido provado, nem por boas ações e nem pela Escritura, que as almas no purgatório se encontram fora da possibilidade do mérito ou do crescimento no amor.
19ª Tese
Ainda parece não ter sido provado que todas as almas do purgatório tenham certeza de sua salvação e não receiem por ela, não obstante nós termos absoluta certeza disto.
20ª Tese
Por isso o papa não quer dizer e nem compreende com as palavras “perdão plenário de todas as penas” que todo o tormento é perdoado, mas as penas por ele impostas.
21ª Tese
Eis porque erram os apregoadores de indulgências ao afirmarem ser o homem perdoado de todas as penas e salvo mediante a indulgência do papa.
22ª Tese
Pensa com efeito, o papa nenhuma pena dispensa às almas no purgatório das que segundo os cânones da Igreja deviam ter expiado e pago na presente vida.
23ª Tese
Verdade é que se houver qualquer perdão plenário das penas, este apenas será dado aos mais perfeitos, que são muito poucos.
24ª Tese
Assim sendo, a maioria do povo é ludibriada com as pomposas promessas do indistinto perdão, impressionando-se o homem singelo com as penas pagas.
25ª Tese
Exatamente o mesmo poder geral, que o papa tem sobre o purgatório, qualquer bispo e cura d'almas o tem no seu bispado e na sua paróquia, quer de modo especial e quer para com os seus em particular.
26ª Tese
O papa faz muito bem em não conceder às almas o perdão em virtude do poder das chaves (ao qual não possui), mas pela ajuda ou em forma de intercessão.
27ª Tese
Pregam futilidades humanas quantos alegam que no momento em que a moeda soa ao cair na caixa a alma se vai do purgatório.
28ª Tese
Certo é que no momento em que a moeda soa na caixa vêm o lucro e o amor ao dinheiro cresce e aumenta; a ajuda, porém, ou a intercessão da Igreja tão só correspondem à vontade e ao agrado de Deus.
29ª Tese
E quem sabe, se todas as almas do purgatório querem ser libertadas, quando há quem diga o que sucedeu com Santo Severino e Pascoal.
30ª Tese
Ninguém tem certeza da suficiência do seu arrependimento e pesar verdadeiros; muito menos certeza pode ter de haver alcançado pleno perdão dos seus pecados.
31ª Tese
Tão raro como existe alguém que possui arrependimento e, pesar verdadeiros, tão raro também é aquele que verdadeiramente alcança indulgência, sendo bem poucos os que se encontram.
32ª Tese
Irão para o diabo juntamente com os seus mestres aqueles que julgam obter certeza de sua salvação mediante breves de indulgência.
33ª Tese
Há que acautelasse muito e ter cuidado daqueles que dizem: A indulgência do papa é a mais sublime e mais preciosa graça ou dadiva de Deus, pela qual o homem é reconciliado com Deus.
34ª Tese
Tanto assim que a graça da indulgência apenas se refere à pena satisfatória estipulada por homens.
35ª Tese
Ensinam de maneira ímpia quantos alegam que aqueles que querem livrar almas do purgatório ou adquirir breves de confissão não necessitam de arrependimento e pesar.
36ª Tese
Todo e qualquer cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados, sente pesar por ter pecado, tem pleno perdão da pena e da dívida, perdão esse que lhe pertence mesmo sem breve de indulgência.
37ª Tese
Todo e qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, é participante de todos os bens de Cristo e da Igreja, dádiva de Deus, mesmo sem breve de indulgência.
38ª Tese
Entretanto se não deve desprezar o perdão e a distribuição por parte do papa. Pois, conforme declarei, o seu perdão constitui uma declaração do perdão divino.
39ª Tese
É extremamente difícil, mesmo para os mais doutos teólogos, exaltar diante do povo ao mesmo tempo a grande riqueza da indulgência e ao contrário o verdadeiro arrependimento e pesar.
40ª Tese
O verdadeiro arrependimento e pesar buscam e amam o castigo: mas a profusão da indulgência livra das penas e faz com que se as aborreça, pelo menos quando há oportunidade para isso.
41ª Tese
É necessário pregar cautelosamente sobre a indulgência papal para que o homem singelo não julgue erroneamente ser a indulgência preferível às demais obras de caridade ou melhor do que elas.
42ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos, não ser pensamento e opinião do papa que a aquisição de indulgência de alguma maneira possa ser comparada com qualquer obra de caridade.
43ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos proceder melhor quem dá aos pobres ou empresta aos necessitados do que os que compram indulgências.
44ª Tese
Ê que pela obra de caridade cresce o amor ao próximo e o homem torna-se mais piedoso; pelas indulgências, porém, não se torna melhor senão mais seguro e livre da pena.
45ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que aquele que vê seu próximo padecer necessidade e a despeito disto gasta dinheiro com indulgências, não adquire indulgências do papa. mas provoca a ira de Deus.
46ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem fartura , fiquem com o necessário para a casa e de maneira nenhuma o esbanjem com indulgências.
47ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos, ser a compra de indulgências livre e não ordenada
48ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa precisa conceder mais indulgências, mais necessita de uma oração fervorosa do que de dinheiro.
49ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos, serem muito boas as indulgências do papa enquanto o homem não confiar nelas; mas muito prejudiciais quando, em conseqüência delas, se perde o temor de Deus.
50ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa tivesse conhecimento da traficância dos apregoadores de indulgências, preferiria ver a catedral de São Pedro ser reduzida a cinzas a ser edificada com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.
51ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que o papa, por dever seu, preferiria distribuir o seu dinheiro aos que em geral são despojados do dinheiro pelos apregoadores de indulgências, vendendo, se necessário fosse, a própria catedral de São Pedro.
52º Tese
Comete-se injustiça contra a Palavra de Deus quando, no mesmo sermão, se consagra tanto ou mais tempo à indulgência do que à pregação da Palavra do Senhor.
53ª Tese
São inimigos de Cristo e do papa quantos por causa da prédica de indulgências proíbem a Palavra de Deus nas demais igrejas.
54ª Tese
Esperar ser salvo mediante breves de indulgência é vaidade e mentira, mesmo se o comissário de indulgências, mesmo se o próprio papa oferecesse sua alma como garantia.
55ª Tese
A intenção do papa não pode ser outra do que celebrar a indulgência, que é a causa menor, com um sino, uma pompa e uma cerimônia, enquanto o Evangelho, que é o essencial, importa ser anunciado mediante cem sinos, centenas de pompas e solenidades.
56ª Tese
Os tesouros da Igreja, dos quais o papa tira e distribui as indulgências, não são bastante mencionados e nem suficientemente conhecido na Igreja de Cristo.
57ª Tese
Que não são bens temporais, é evidente, porquanto muitos pregadores a estes não distribuem com facilidade, antes os ajuntam.
58ª Tese
Tão pouco são os merecimentos de Cristo e dos santos, porquanto estes sempre são eficientes e, independentemente do papa, operam salvação do homem interior e a cruz, a morte e o inferno para o homem exterior.
59ª Tese
São Lourenço aos pobres chamava tesouros da Igreja, mas no sentido em que a palavra era usada na sua época.
60ª Tese
Afirmamos com boa razão, sem temeridade ou leviandade, que estes tesouros são as chaves da Igreja, a ela dado pelo merecimento de Cristo.
61ª Tese
Evidente é que para o perdão de penas e para a absolvição em determinados casos o poder do papa por si só basta.
62ª Tese
O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.
63ª Tese
Este tesouro, porém, é muito desprezado e odiado, porquanto faz com que os primeiros sejam os últimos.
64ª Tese
Enquanto isso o tesouro das indulgências é sabiamente o mais apreciado, porquanto faz com que os últimos sejam os primeiros.
65ª Tese
Por essa razão os tesouros evangélicos outrora foram as redes com que se apanhavam os ricos e abastados.
66ª Tese
Os tesouros das indulgências, porém, são as redes com que hoje se apanham as riquezas dos homens.
67ª Tese
As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como a mais sublime graça decerto assim são consideradas porque lhes trazem grandes proventos.
68ª Tese
Nem por isso semelhante indigência não deixa de ser a mais Intima graça comparada com a graça de Deus e a piedade da cruz.
69ª Tese
Os bispos e os sacerdotes são obrigados a receber os comissários das indulgências apostólicas com toda a reverência-
70ª Tese
Entretanto têm muito maior dever de conservar abertos olhos e ouvidos, para que estes comissários, em vez de cumprirem as ordens recebidas do papa, não preguem os seus próprios sonhos.
71ª Tese
Aquele, porém, que se insurgir contra as palavras insolentes e arrogantes dos apregoadores de indulgências, seja abençoado.
72ª Tese
Quem levanta a sua voz contra a verdade das indulgências papais é excomungado e maldito.
73ª Tese
Da mesma maneira em que o papa usa de justiça ao fulminar com a excomunhão aos que em prejuízo do comércio de indulgências procedem astuciosamente.
74ª Tese
Muito mais deseja atingir com o desfavor e a excomunhão àqueles que, sob o pretexto de indulgência, prejudiquem a santa caridade e a verdade pela sua maneira de agir.
75ª Tese
Considerar as indulgências do papa tão poderosas, a ponto de poderem absolver alguém dos pecados, mesmo que (cousa impossível) tivesse desonrado a mãe de Deus, significa ser demente.
78 ª Tese
Bem ao contrario, afirmamos que a indulgência do papa nem mesmo o menor pecado venial pode anular o que diz respeito à culpa que constitui.
77ª Tese
Dizer que mesmo São Pedro, se agora fosse papa, não poderia dispensar maior indulgência, significa blasfemar S. Pedro e o papa.
78ª Tese
Em contrario dizemos que o atual papa, e todos os que o sucederam, é detentor de muito maior indulgência, isto é, o Evangelho, as virtudes o dom de curar, etc., de acordo com o que diz 1Coríntios 12.
79ª Tese
Afirmar ter a cruz de indulgências adornada com as armas do papa e colocada na igreja tanto valor como a própria cruz de Cristo, é blasfêmia.
80ª Tese
Os bispos, padres e teólogos que consentem em semelhante linguagem diante do povo, terão de prestar contas deste procedimento.
81ª Tese
Semelhante pregação, a enaltecer atrevida e insolentemente a Indulgência, faz com que mesmo a homens doutos é difícil proteger a devida reverência ao papa contra a maledicência e as fortes objeções dos leigos.
82 ª Tese
Eis um exemplo: Por que o papa não tira duma só vez todas as almas do purgatório, movido por santíssima' caridade e em face da mais premente necessidade das almas, que seria justíssimo motivo para tanto, quando em troca de vil dinheiro para a construção da catedral de S. Pedro, livra um sem número de almas, logo por motivo bastante Insignificante?
83ª Tese
Outrossim: Por que continuam as exéquias e missas de ano em sufrágio das almas dos defuntos e não se devolve o dinheiro recebido para o mesmo fim ou não se permite os doadores busquem de novo os benefícios ou pretendas oferecidos em favor dos mortos, visto' ser Injusto continuar a rezar pelos já resgatados?
84ª Tese
Ainda: Que nova piedade de Deus e dó papa é esta, que permite a um ímpio e inimigo resgatar uma alma piedosa e agradável a Deus por amor ao dinheiro e não resgatar esta mesma alma piedosa e querida de sua grande necessidade por livre amor e sem paga?
85ª Tese
Ainda: Por que os cânones de penitencia, que, de fato, faz muito caducaram e morreram pelo desuso, tornam a ser resgatados mediante dinheiro em forma de indulgência como se continuassem bem vivos e em vigor?
86ª Tese
Ainda: Por que o papa, cuja fortuna hoje é mais principesca do que a de qualquer Credo, não prefere edificar a catedral de S. Pedro de seu próprio bolso em vez de o fazer com o dinheiro de fiéis pobres?
87ª Tese
Ainda: Quê ou que parte concede o papa do dinheiro proveniente de indulgências aos que pela penitência completa assiste o direito à indulgência plenária?
88ª Tese
Afinal: Que maior bem poderia receber a Igreja, se o papa, como Já O faz, cem vezes ao dia, concedesse a cada fiel semelhante dispensa e participação da indulgência a título gratuito.
89ª Tese
Visto o papa visar mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que revoga os breves de indulgência outrora por ele concedidos, aos quais atribuía as mesmas virtudes?
90ª Tese
Refutar estes argumentos sagazes dos leigos pelo uso da força e não mediante argumentos da lógica, significa entregar a Igreja e o papa a zombaria dos inimigos e desgraçar os cristãos.
91ª Tese
Se a Indulgência fosse apregoada segundo o espírito e sentido do papa, aqueles receios seriam facilmente desfeitos, nem mesmo teriam surgido.
92ª Tese
Fora, pois, com todos estes profetas que dizem ao povo de Cristo: Paz! Paz! e não há Paz.
93ª Tese
Abençoados sejam, porém, todos os profetas que dizem à grei de Cristo: Cruz! Cruz! e não há cruz.
94ª Tese
Admoestem-se os cristãos a que se empenhem em seguir sua Cabeça Cristo através do padecimento, morte e inferno.
95ª Tese
E assim esperem mais entrar no Reino dos céus através de muitas tribulações do que facilitados diante de consolações infundadas.

 


Os Pecados dos Salvos


Os Pecados dos Salvos
por
C. M. Keen

Texto Para Estudo – 1 João 1.1 a 2.2
Filhinhos meus, estas cousas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo”. 1 João 2.1


Introdução
Há multidões de membros de igrejas que imaginam que são crentes por não haverem nascido na África ou na Índia. Têm a esperança de ir para o céu ao morrerem; mas desconhecem o milagre da regeneração ou novo nascimento. São iletrados bíblicos e ignoram seu estado de perdição. Estão espiritualmente mortos.
Agora, porém, vamos tratar não desses, mas dos homens e mulheres que foram salvos mediante o sangue do crucificado. Muitas dessas pessoas, entretanto, ignoram as verdades reais do Evangelho da graça e não estão bem informados. Muitas têm aceitado a Cristo como seu Salvador, mas pensam que em adição à sua fé nEle devem fazer a sua parte e viver de conformidade com certos padrões a fim de poderem reter sua salvação. Tais pessoas não falam muito sobre a certeza da salvação. Entretém a idéia de que se, se tornarem culpados de certas espécies de pecados, perdem sua salvação e precisam ser novamente convertidas. Em última análise, isso é salvação pelas obras, e não pela graça de Deus. Essas pessoas, que não compreendem que a segurança do crente depende da fidelidade de Cristo e não do padrão de vida do crente, são muito infelizes. E os que sustentam tais doutrinas são chamados legalistas.


Os Salvos Não Vivem Sem Pecado
Quando nos damos conta do que é realmente pecado, temos de reconhecer que ninguém está isento de tornar-se culpado de praticar atos pecaminosos.


As Escrituras Registram os Pecados dos Homens Salvos
Uma das evidências da inspiração da Bíblia é que ela retrata os homens que ocupam suas páginas, tais quais eles eram. Seus pecados, tanto quanto as suas virtudes e atos de fé, são registrados. Se homens tivessem sido os autores das Escrituras, jamais teriam revelado certos fatos que ali são registrados. Mas Deus é fiel à realidade. Os fracassos e pecados dos homens são registrados na Bíblia a fim de que seja destacada a maneira providencial de Deus os tratar, bem como julgamentos divinos e Suas operações graciosas.
Abraão enganou Faraó a respeito de Sara, sua esposa, e foi expulso do Egito por causa disso (Gn 12.10-20). Moisés perdeu a calma e feriu a rocha, quando, segundo foi instruído, deveria ter-lhe falado. Por causa dessa desobediência, morreu prematuramente e foi proibido de introduzir o povo de Israel na Terra Prometida (Nm 20.10,11). Davi pecou gravemente e foi severamente castigado por esse motivo (II Sm 11). Pedro amaldiçoou e jurou (Mt 26.70-74). Isaías, Paulo, Tiago, e João, todos admitiram seus erros (Is 6.5; Rm 7.15-24; Tg 3.2; 1 Jo 1.8-10).


A Perfeição Impecável Não É Ensinada Nas Escrituras
Alguns membros dos "grupos holiness" pensam [pensavam] que podem [podiam] viver sem pecado, mas estão [estavam] enganados. Os chamados "pregadores de santidade" pregam a perfeição impecável, mas ignoram as verdades reais da Palavra de Deus. Seu versículo favorito é 1 João 3.9. Tiram-no de seu contexto e usam-no como prova daquilo que o versículo não ensina. Conforme a Tradução de João Ferreira de Almeida, Edição Revista e Atualizada no Brasil, da Sociedade Bíblica do Brasil, deixa indicado, não "vive na prática de pecado" porque não "pode viver pecando" ou, em outras palavras, não vive mais dominado pelo princípio escravizador do pecado, não vive mais na esfera do pecado. Atos isolados de pecado, contudo, são possíveis em um crente verdadeiro, pois 1 João 3.9 precisa ser harmonizado com 1 João 1.8-10.


Impecabilidade Não É Experimentada Por Ninguém
Salomão, o homem mais sábio que já viveu, ao dedicar o Templo, disse: "... (pois não há homem que não peque)..." (1 Rs 8.46).
João, o discípulo amado, escrevendo sob a inspiração do Espírito Santo, afirmou: "Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso e a sua palavra não está em nós" (1 Jo 1.10). O testemunho coerente das Escrituras é que a impecabilidade não é experimentada por qualquer mortal. Os homens salvos cometem atos pecaminosos.


Os Salvos Não Têm Licença de Pecar
Que ninguém imagine, porém, que estamos diminuindo a hediondez dos pecados ou diminuído a gravidade das ações pecaminosas. Os salvos não têm o direito de pecar.


Os Salvos São Advertidos Contra o Pecado
O sexto capítulo de Romanos é uma importante passagem que trata dessa importantíssima questão. Os homens são salvos mediante a graça de Deus, através da fé, e à parte de obras humanas. Isso, porém, não lhes dá o direito de viverem segundo o "homem velho" ou pecado no "íntimo". A união com Cristo em Sua morte, sepultamento e ressurreição, pela fé, repudia o "homem velho" e seus caminhos. O crente morreu em Cristo, pelo que o "homem velho" precisa ser "destruído". O termo "destruído", conforme aqui usado significa "tornar inútil, inoperante, ineficaz" (West). Em outras palavras, o "homem velho" precisa ser paralisado.
O batismo em água é um testemunho, da parte do crente, sobre como ele foi salvo, e é uma declaração de seus propósitos para o futuro. Sua disposição espiritual é dramatizada. O batismo em água dramatiza as verdades de como a vida espiritual é obtida e como ela deve operar. Co-crucificação com Cristo é o meio de salvação. O método do morrer diário é dado nos versículos 11 a 13. Cada crente deveria considerar-se morto para o pecado e vivo para Deus, em Cristo Jesus. E isso deve fazer negando ao pecado que habita no íntimo e não permitindo que se entronize sobre sua vida, ao mesmo tempo em que cede cada membro de seu corpo a Deus, para a retidão e a vida santificada. Por outro lado, deve negar diariamente, ao pecado que habita no íntimo, o uso de qualquer membro de seu corpo.
II Coríntios 5.17. O filho de Deus é "... nova criatura (criação) ...". Nunca poderá ser novamente ser o mesmo de antes. A regeneração lhe proporcionou a própria natureza de Deus (II Pedro 1.4). A posse da natureza de Deus impele o indivíduo a ter aversão a seus pecados. Os crentes foram "... criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" (Ef 2.10).


Inimigos Sutis Atacam os Salvos
Os filhos de Deus têm de enfrentar inimigos perigosos – "o mundo", "a carne" e "o diabo". O mundo, ou seja, este sistema mundano de viver, é antagônico a Deus e aos Seus caminhos. O crente mundano não progride espiritualmente. Seu mundanismo lhe rouba sua alegria cristã e sua comunhão e utilidade espirituais. Ele é um crente derrotado, e freqüentemente serve de pedra de tropeço para outros. O mundo é inimigo declarado da espiritualidade. Ao filho de Deus foram dirigidas as palavras que se encontram em 1 João 2.15,16. Ninguém pode mostrar-se amigo do Pai e também do mundo. Muito da carnalidade existente entre os crentes é causado pelos seus esforços de obterem a aprovação do mundo ou de tentarem tornar o Cristianismo aceitável ao mundo. O Evangelho não pode ser feito atrativo ou popular perante o mundo. O mundo crucificou a Jesus Cristo e nunca será amigável para qualquer de Seus seguidores que queria ser fiel a Ele. Crente, o atual sistema mundano é teu inimigo.
A carne, isto é, o "pecado" que habita no íntimo, também é um adversário da espiritualidade (Gl 5.16,17). Quando o Espírito é agradado, a carne é insultada. A carne é contrária ao Espírito, e essa oposição é mútua. Os crentes precisam reconhecer que têm um verdadeiro inimigo residindo em si mesmos.
I Pedro 5.8,9. O diabo não está morto, e nunca tira "férias". Ele é contrário a tudo aquilo que Deus é a favor. Ele promove a incredulidade de mil maneiras diferentes. A religião é uma de suas especialidades. As religiões falsas do mundo são produtos seus. Além dos cultos sem sangue e os "ismos" que aumentam cada vez mais em número, há multidões de igrejas cristãs professas que não obtendo salvação de almas por meio da regeneração. De conformidade com a filosofia de tais, Jesus foi um mestre maravilhoso e um ótimo bom exemplo. Não salientam a redenção pelo sangue, a necessidade de arrependimento e do novo nascimento. Não fazem convite pessoal para que os homens aceitem a Cristo como Salvador e convite para que os homens aceitem a Cristo como Salvador e confessem-nO perante os homens. Gostaríamos de falar noutro tom, mas todas as igrejas que não estão pregando a redenção pelo sangue de Cristo nem estão pregando a redenção pelo sangue de Cristo nem estão obtendo conversões mediante a regeneração, são simulacros criados por Satanás. Chamam-se igrejas cristãs, mas em realidade não o são. São imitações habilidosas e sutis daquilo que é genuíno. Satanás se opõe à freqüência e à filiação nas igrejas que pregam a Bíblia, amam a Bíblia, crêem na Bíblia e são governadas pela Bíblia. Ele sabe que essas são suas mais eficazes adversárias. Odeia-as, portanto.


Salvos e Seguros Pela Obra de Mediação de Cristo
A morte de Cristo, sobre a cruz, satisfez a justiça divina. Quando Jesus Cristo instituiu a Ceia do Senhor, disse que Seu sangue era "... o sangue da aliança, derramado em favor de muitos, para a remissão de pecados" (Mt 26.28). Quando Pedro pregou aos judeus, em Jerusalém, no dia de Pentecostes, declarou que a fé em Cristo é o que outorga a "... remissão dos ... pecados ..." (At 2.38). E Pedro pregou aos gentios a mesma verdade, na casa de Cornélio (At 10.43). Paulo escreveu: "Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" (Rm 8.1). E às igrejas de Éfeso e Colossos escreveu ele: "... no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça..." (Ef 1.7; Cl 1.14). João destacou a mesma verdade (1 Jo 1.7; Ap 1.5). Como é que algo poderia ser mais claro ou mais positivo e específico? Cristo pagou a penalidade, e os crentes recebem perdão. Os pecados da vida inteira do indivíduo são judicialmente perdoados quando Cristo é recebido pela fé, visto que Ele morreu por eles no Calvário.
A presença de Cristo na Glória guarda os crentes. Os pecados do crente afetam sua comunhão, mas não sua relação. Cristo acha-se atualmente no Céu, na qualidade de nosso Sumo-Sacerdote e Advogado. Ele pleiteia constantemente a nosso favor, baseado nos méritos de Seu próprio sangue precioso, mediante o qual satisfez à justiça divina e tornou possível nossa comunhão com Deus (Rm 5.9; Hb 7.25; 1 Jo 2.1). Havendo feito um grande investimento em nós, Ele certamente cuidará desse investimento em nós, Ele certamente cuidará desse investimento. Suas realizações no Calvário, e Seu presente ministério na Glória, conservam cada crente salvo e seguro.
A morte de Cristo garante a salvação do crente para o tempo e a eternidade. As "vestimentas de pele" feitas para Adão e Eva certamente foram aceitáveis a Deus porque Ele mesmo as fez (Gn 3.21). Os hóspedes que tinham vestes nupciais, fornecidas pelo rei, eram aceitáveis ao rei (Mt 22.1-14). A justiça que torna o pecador aceitável a Deus não é a justiça própria, não é a justiça humana, mas a justiça de Deus que o crente recebe como presente da parte de Deus (Rm 3.21,22). Aos crentes acha-se escrito: "... nele estais aperfeiçoados..." (Cl 2.10). Nada pode ser adicionado àquilo que é completo. Se o crente aceitar o que dizem João 3.16-18; 5.24; e 6.37, pode estar certo que todo crente está seguro e garantido. Jesus Cristo declarou: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, eternamente, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar" (Jo 10.27-29).
A certeza da salvação é privilégio de todo filho de Deus, comprado pelo preço de sangue. A falta de segurança é um grande furto. Pois assim Deus é roubado da glória que Lhe é devida; assim o crente é roubado da alegria que lhe pertence por direito; e os contemporâneos do crente são roubados do testemunho que precisam ouvir. A certeza da salvação é um poderoso incentivo à vida santa. Crer naquilo que Deus diz acerca de Jesus Cristo salva o indivíduo. Acreditar naquilo que Deus diz acerca do crente torna o crente certo de sua salvação.
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Fonte: Doutrina do Pecado, C. M. Keen
Imprensa Batista Regular, 1984 - Págs. 40-46.



terça-feira, 24 de abril de 2012

A UNÇÃO DO ESPÍRITO - I JO 2:18-29


A UNÇÃO DO ESPÍRITO - I JO 2:18-29
A unção é dar força para o cristão para continuar fervoroso, na sua convicção de fé  e a defender seus princípios. O cristão que tem a unção não fica pedindo um sinal para Deus porque isso é os pagãos que  pedem, sinal.

1. “Aquele que não conhece Deus o Espírito, não pode conhecer Deus de modo algum”

2. Estamos diante de uma palavra:
a) Paternal (v. 18a)
b) Urgente (v. 18a)
a) Reafirmação (v. 18b-19)

Os anticristos: “muitos” (v. 18b), sinais da “última hora” (v. 18). “saíram do
nosso meio” – oriundos do povo de Deus (v. 19), mas não pertenciam ao
povo de Deus.
Os crentes: “vós possuís unção que vem do Santo e todos tende conhecimento" (v. 20).

A.: a unção era, e é, a grande arma para enfrentamento dos desafios
da Igreja no mundo nos últimos dias...


I – DESTINATÁRIOS DA UNÇÃO: “FILHOS”
(v. 18 “filhinhos”; v. 20 – “vós possuís a unção.......”)

** I Jo 3:1-2
1. Filiação presente (v.2 “amados, agora, somos filhos de Deus...”)
a) Base: o amor do Pai (v. 1a)
b) Meio: a obra do Filho

* “De fato somos filhos de Deus” (v. 1) – como a filiação se tornou fato?
** Pela descoberta da identidade de Jesus: “Cristo” (v. 22)
** Pela confissão da identidade de Jesus (v. 23)
Quem nega não tem Pai, quem confessa tem Pai I Jo5:1a “todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus” Jo 1:12

c) Conseqüência: a rejeição do mundo (v. 1b) e a vitória sobre o mundo ( I Jo 5:4-5)

2. Filiação futura (v. 2 “agora somos... e ainda não se manifestou o que havere de ser) = “já/ainda não”)

O presente é bom, o futuro será infinitamente melhor! A unção é uma antecipacão da glorificação

A.: A unção é uma exclusividade dos filhos; por isso, a primeira condicão para recebê-la é ser filho (I Jo 5:11-13)

II – A PROCEDÊNCIA DA UNÇÃO:
“ a unção que vem do Santo” (v. 20)

1. Jesus é o “Santo” (Jo 6:66-67)

2. Jesus é o “Santo” fluidor do Espírito Santo (Jo 7:37-39 cp c At 2:32-33)

A.: a unção não procede da nossa instituição, tradição, ritos, eventos, líderes, nem de nós mesmos, ela vem do trono e a boa noticia é que está permanentemente disponível! O que falta então? “Se alguém tem sede venha mim e beba” (Jo 7:37)

III – CONSEQÜÊNCIA DA UNÇÃO:
“e todos tendes conhecimento”(v. 20)

1.Conhecimento da verdade do Pai

“O consolador, o Espírito Santo, aquém o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo que vos tenho dito” (Jo 14:26).
“Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir”

2. Conhecimento do poder do Pai

“Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça...” (Jo 15:16); “Quando vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim e vós também testemunhareis....” (Jo 15:26-27a)

CONCLUSÃO

Como experimentar a unção hoje?

1.) Filiação – v. 18, 20; I Jo 5:1, 11-13
2.) Apropriação
a) Palavra (v. 21 cp c/ 24)
b) Fé (v. 25; Gl 3:2, 13-14 “quero saber apenas isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé?... A bênção de Abraão chegou aos gentios, em Jesus Cristo, para recebermos pela fé o Espírito prometido”
c) Comunhão (v. 27-28 “permanecei nele....”; I Jô 5:14 “esta é a confiança que temos para como ele, Jesus, que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve”

“Errais não conhecendo as escrituras e o poder de Deus” (Mt 22:29)

d) Submissão (v. 29 – o sinal do filho é a prática da justiça do Pai Pedro – “... Espírito Santo que Deus outorgou aos que lhe obedecem” (At 5:32)

APELO: “ se vós que sois mais sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem”? (Lc 11:13)

quarta-feira, 21 de março de 2012

A Predestinação e o Amor de Deus


Por Matt Perman

Cada cristão deveria estudar a predestinação. É uma doutrina de vital importância porque tem a ver com a pessoa de Deus e como Ele nos salva. Martinho Lutero disse que ela se encontrava no coração do Evangelho. O fato de pensar que o que cremos, a respeito da predestinação, não é importante, seria como dizer: Deus, estou contente por ter me salvado. Mas não sei como fizeste isso. Como um filho de Deus não se deleita em compreender o plano que Deus executou para salvá-lo, ou salvá-la?
Como veremos, ter uma correta convicção a respeito da predestinação é de fato dar a Deus a glória que Lhe é devida. E isso pode fazer vislumbrar a maravilhosa experiência do conhecer o que, de fato, significa ser amado por Deus para sempre. Mas antes de provar a glória e o amor de Deus percebidos na predestinação, é importante definir o que é predestinação e aonde que a Bíblia ensina isso.
O que é predestinação?
Em sua forma mais elementar, predestinação (algumas vezes denominada eleição) simplesmente significa que Deus decide quem Ele irá salvar. Esse aspecto doutrinário não possui controvérsias. O aspecto controvertido vem quando perguntamos: Em que se baseia Deus para decidir quem será salvo? Há duas posições para isso. Uma é chamada a visão Arminiana, a qual sustenta que Deus escolhe salvar aqueles que Ele dantes sabia que iriam escolhê-Lo. Nessa visão, compete ao indivíduo, afinal, ser salvo ou não; então Deus escolhe, em resposta à escolha individual. Não é isso o que eu entendo por predestinação.
Acredito que a Bíblia ensina o que é comumente chamado de Calvinismo. Deus decide incondicionalmente quem será salvo à parte de qualquer condição encontrada na pessoa. Significa dizer que é Deus quem decide, afinal, quem irá crer em Cristo e quem será salvo. Deus baseia Sua decisão em Si próprio e apenas em Seu santo propósito, não numa fé preconcebida que um pecador exercitaria através de seu livre-arbítrio. De fato, a humanidade é tão pecadora que se Deus nos deixasse a escolha final para a salvação, todos nós O rejeitaríamos.

Onde isso é ensinado?
Esse ensinamento, denominado eleição incondicional, é abundantemente ensinado na Bíblia. Jesus disse para Seus discípulos que vós não Me escolhestes a Mim, mas Eu vos escolhi a vós... (Jo 15:16). Em João 10:26, Jesus disse aos judeus incrédulos que vós não credes, porque não sois das Minhas ovelhas. Ele não disse vós não sois Minhas ovelhas, porque não crêem. Ele disse o contrário. Notoriamente, você não se torna uma ovelha pela fé. Deus deve ter escolhido fazer de você uma ovelha antes de você vir a crer. E aqueles que Deus torna ovelhas de Cristo sempre virão a Ele. As Minhas ovelhas ouvem a Minha voz, e Eu as conheço, e elas Me seguem; Eu lhes dou a vida eterna, e jamais perecerão; e ninguém as arrebatará da Minha mão. (Jo 10:27-28). Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco; a essas também Me importa conduzir, e elas ouvirão a minha voz (Jo 10:16).
Atos 13:48 nos dá o motivo pelo qual alguns dos que ouviram as pregações de Paulo creram: e creram todos quantos haviam sido destinados para a vida eterna. Em Romanos 9:16, Paulo nos relata que aquela eleição não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus que usa de misericórdia. Os Arminianos dizem que a eleição é para o homem que a quiser. O Calvinismo diz que não é para o homem que a quiser. O apóstolo Paulo não estabeleceu definitivamente o resultado neste versículo?
Em Romanos 9:10-13 Paulo dá Jacó e Esaú como exemplos de dois tipos de pessoas, o eleito e o não-eleito, e então diz que pois não tendo os gêmeos ainda nascido, nem tendo praticado bem ou mal, para que o propósito de Deus segundo a eleição permanecesse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama, foi-lhe dito: O maior servirá ao menor. Como está escrito, Amei a Jacó, e aborreci a Esaú. Paulo é claro [ao dizer] que a escolha de Deus não está em nada baseada no indivíduo. Se isso não está claro a você, eu te encorajo a ler novamente o versículo.
Romanos 9:18 também é muito claro [ao dizer] que a salvação é escolha definitiva de Deus, não do homem. Portanto, tem misericórdia de quem quer, e a quem quer endurece. Romanos 11:6 diz que os Judeus crentes no dia de Paulo eram uns remanescentes conforme a graciosa escolha de Deus. Em II Timóteo 2:25 aprendemos que o arrependimento é causado por Deus e Ele afinal decide se a pessoa irá se arrepender ou não: ...corrigindo com mansidão os que resistem, na esperança de que Deus lhes conceda o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade."
Em Efésios 1:4-6 Paulo nos diz que [Deus] nos elegeu nEle antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dEle em amor; e nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo, para Si mesmo, segundo o beneplácito de Sua vontade. Ele relata que a predestinação é baseada junto ao bel-prazer da vontade de Deus, não da nossa.

Deus é capaz de salvar aquele em quem Ele se apraz, o que faz dEle o único que finalmente determina os que recebem a salvação. ...o Filho dá a vida a quem Ele quer (Jo 5:21). Se Deus se propõe em salvar uma pessoa, Ele efetuará seu propósito a todo o instante: Todo o que o Pai Me dá virá a Mim; e o que vem a Mim de maneira nenhuma o lançarei fora. (Jo 6:37). De acordo com este versículo, quem vem a Jesus? Resposta: aqueles que o Pai Lhe deu! A razão pela qual uma pessoa vem a Jesus é porque o Pai primeiramente a escolheu para dar-lhe a Jesus, e ninguém daqueles escolhidos para salvação deixarão de vir. Evidentemente, o ser humano não tem o poder definitivo de veto para malograr a vontade salvífica de Deus. Jó diz a Deus que Bem sei que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido (Jó 42:2).
A Predestinação é centrada em Deus
Pelo fato de Deus ser o mais valioso e mais virtuoso ser no Universo, a meta de Deus em tudo que Ele faz é glorificar a Si mesmo. Se Ele, afinal, não atuasse para Sua glória em todas as coisas, Ele não seria justo. Isto ocorre porque Ele estaria designando o valor de algo mais, acima da infinita virtude de Sua glória. Com a predestinação, não é diferente. Sua meta final nesta é glorificar a Si mesmo: e [Ele] nos predestinou... para o louvor da glória da Sua graça. (Ef 1:5-6)
Mas [o fato de] Deus buscar Sua própria glória em todas as coisas não é desamor. Ao invés disso, Quando você pára para pensar sobre isso, esta é a coisa mais amorosa que Deus já pôde fazer até hoje; pois o maior benefício que os seres humanos podem receber até agora é de conhecer e de participar da glória de Deus. [1] O propósito de Deus de glorificar a Si mesmo não é estranho com o Seu amor por nós! Para Deus, significa atuar em amor maior justamente quando Ele atua à busca de Sua glória! O Teocentrismo do amor de Deus é algo maravilhoso! Mesmo ao nos amar, o valor superior da virtude de Deus é magnificado.
A grandeza do amor eletivo de Deus

Desta forma, a eleição é ao mesmo tempo glorificar a Deus e é também a expressão final do amor de Deus. Por conseguinte, se não temos um entendimento conveniente sobre a eleição, não teremos um entendimento conveniente sobre o modo pelo qual Deus nos ama. Mas se entendemos e cremos que Deus incondicionalmente escolheu para nos salvar isto nos evidenciará a irresistível experiência de ser amado pessoalmente pelo vigoroso amor eletivo de Deus. [2]

No Novo Testamento, a eleição, por parte de Deus, individual e incondicional dos Seus santos, novamente está cada vez mais aliada ao Seu amor por cada um deles de maneira individual. [3] Conhecendo, irmão, amados de Deus, a vossa eleição (I Ts 1:4). Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de coração compassivo, de benignidade... (Cl 3:12). Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos) (Ef 2:4-5). A construção em grego de João 13:1 indica que Deus ama Seus filhos de maneira mais completa do que Sua capacidade de amar as criaturas. ...tendo amado a Si mesmo que estava no mundo, Ele os amou até o fim. [4] Ademais, o amor de Deus por Seus filhos não tem começo nem fim. Ele não começou a te amar quando você nasceu, mas quando você foi feito uma de Suas ovelhas, Ele tem te amado para sempre. Pois que com amor eterno te amei, também como benignidade te atraí. (Jr 31:2-3). Mas é de eternidade a eternidade a benignidade do Senhor sobre aqueles que O temem. (Sl 103:17). Agora considere essa grande verdade: se você é crente em Cristo, isto [ocorre] porque Deus te escolheu de maneira pessoal, individual, incondicional e cheia de amor, para a salvação, antes da fundação do mundo.
O especial amor eletivo de Deus é grande conforto e força para o coração. Muitas pessoas não têm experiência pessoal de conhecer que foram eternamente amadas por Deus e por Ele serão cuidadas com amor onipotente e supridor de todas [as necessidades] para todo o sempre. Muitas pessoas pensam no amor de Deus apenas em termos de algo que oferece e espera, mas não nos conduz a Ele mesmo e atua com entusiasmo infinito para nos manter e nos glorificar para sempre. Ainda esta é a experiência disponível para todo aquele que vier e beber de graça da água da vida (Ap 22:17). [5]
Enquanto é verdade que Deus ama a todas as pessoas (não apenas Seus eleitos), Ele não ama a todos da mesma maneira. Ele ama Seus eleitos com um amor especial, vigoroso, intenso, afetivo e eletivo que não pode falhar. Você já se habituou a crer que Deus ama aqueles que são condenados eternamente ao inferno da mesma maneira que Ele te ama, uma de suas ovelhas? Se sim, apague essa idéia da sua mente; se não, ela encobrirá sua experiência do amor de seu Pai por mais tempo. Regozije-se na grandeza do Seu especial amor por você. Para Deus, amar Seus santos da mesma maneira que Ele ama aqueles que Ele condenou eternamente ao inferno seria como um esposo dizendo: Claro, eu amo minha esposa. Mas eu a amo da mesma maneira que amo todas as outras mulheres.
A eleição incondicional de Deus por você é uma expressão do profundo amor dEle por você. Ser incondicionalmente escolhido significa simplesmente ser incondicionalmente amado. Muitos evangélicos norte-americanos adoram falar do amor incondicional de Deus; entretanto, furtam a si mesmos o conforto e o deleite das grandes implicações que ele traz que o amor incondicional é manifestado na eleição incondicional. J. I. Packer descreve como a recusa do amor incondicional de Deus e o invencível amor eletivo tem resultado numa redução da grandeza do Evangelho nas mentes de muitos norte-americanos: Falamos do trabalho remidor [de Cristo] como se Ele não tivesse feito nada mais do que agonizar o mais possível por nós para nos salvarmos pela fé; falamos do amor de Deus como se este não fosse mais do que a boa vontade de receber aquele que irá mudar [de vida] e crer; e depreciamos o Pai e o Filho, não quanto à atuação independente em conduzir pecadores a Eles, mas quanto ao esperar na silenciosa impotência da porta de nossos corações para Os deixarmos entrar. [6]
Também, freqüentemente, acabamos por mudar o tom do amor de Deus dentro do desejo impotente de salvar uma pessoa, o qual não atua decisivamente para realmente trazermos essa pessoa a Cristo. Não é o tipo de amor que o Novo Testamento ensina. O amor de Deus salva. Todo o que o Pai Me dá virá a Mim (Jo 6:37).
[Minhas ovelhas] jamais perecerão (Jo 10:28). Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida... nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor (Rm 8:38-39). Porque os que dantes conheceu (isto é, primeiramente amou e escolheu), também os predestinou para serem conformes à imagem de Seu Filho... e aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou. (Rm 8:29-30). O conhecimento primordial de Deus citado nesse versículo não significa que Ele olhou com desdém os corredores da história e predestinou aqueles que Ele primeiro conheceu como os que seriam por Ele escolhidos. Esse versículo fala de Deus conhecendo as pessoas, não os fatos. Na Bíblia, o conhecimento divino de alguém é algo pessoal e íntimo que envolve compromisso e seleção por Sua parte. Isso torna-se claro com o uso desse termo em muitas passagens, incluindo Jr 1:5 e Am 3:2. Em Jeremias 1:5 Deus diz, Antes que eu te formasse no ventre te conheci, e em Amós 3:2 Ele diz que De todas as famílias da terra só a vós (Israel) vos tenho conhecido [isto é, escolhido]. Jesus diz conheço as Minhas ovelhas, e elas Me conhecem (Jo 10:14). O que Romanos 8:29-30 diz é, então, que Todos aqueles que Deus escolheu para colocar junto de Seu amor e Ele pessoalmente Se comprometeu antes de ter criado o mundo, ... Ele também justificou.
O adágio popular Deus amará você lealmente até o inferno (com o intuito de preservar seu livre- arbítrio) insulta a grandiosidade do amor eletivo de Deus e faz dele antropocêntrico. Crendo em algo do tipo pode furtar de você uma apreciação e deleite completos da verdade do amor profundo e vigoroso de Deus por você.
J. I. Packer realiza um trabalho magistral ao mostrar a radical diferença de concepções do amor de Deus entre o Calvinismo e outras visões que fazem da salvação algo que, afinal, dependa de uma decisão pessoal, para se crer, ao invés disso, na soberana eleição de Deus. Ao passo que, para o Calvinismo, a eleição de Deus é quem resolve para salvar, para o Arminianismo a salvação não repousa nem na eleição divina nem na cruz de Cristo, mas com a cooperação de cada um aliada com a graça, que é algo que Deus não garante de Si mesmo. [7] Como resultado da visão Arminiana, Nossas mentes estão condicionadas a imaginar a cruz como uma redenção que realiza menos do que a libertação, e de Cristo como um Salvador que faz menos do que a salvação, e do amor de Deus como uma fraca afeição que não pode manter qualquer um no inferno sem auxílio, e da fé como a ajuda humana da qual Deus necessita para Seus propósitos... [8] O Calvário... não meramente fez possível a salvação para aqueles por quem Cristo morreu; isto garantiu que eles seriam trazidos para a fé e suas salvações tornar-se-iam reais. A cruz salva. Quando os Arminianos apenas disserem: Eu não posso ter conquistado minha salvação sem o Calvário, os Calvinistas irão dizer, Cristo conquistou minha salvação para mim no Calvário. [9]
Que concepção do amor de Deus é maior (sem mencionar, bíblica): a que diz que, em Seu amor, tudo o mais que Deus pode fazer é tornar possível a salvação, ou aquela que diz que o amor de Deus é tão maravilhoso e grandioso que pode trabalhar sempre de maneira eficaz para tornar realidade uma salvação pessoal? Como o amor de Deus pode ser sempre um rochedo de refúgio se sua eficácia depende, afinal, de se estar próximo à nossa vontade vacilante e pecadora? Se Deus me ama e deseja de todo o Seu coração me levar ao paraíso, para com Ele estar e experimentar eternamente de Seu amor, que bondade é essa se Ele é menos poderoso para garantir que isso irá acontecer? Os Arminianos louvam a Deus por Seu amor em providenciar um Salvador para todos os que possam vir a encontrar a vida; os Calvinistas o fazem da mesma forma, e então continuam a louvar a Deus por realmente trazê-los aos pés do Salvador. [10]
Evidentemente, a predestinação nos dá um entendimento conveniente da maravilhosa graça e amor de Deus. Seu amor não apenas faz possível nossa salvação, mas a torna realidade. Deus não barganha com as pessoas; Ele não oferece apenas a salvação para aqueles a quem Ele profundamente ama e pára aí; Ele faz o efetivo oferecimento Ele os salva. Podemos nos confortar nesse forte, poderoso, intenso e carinhoso amor de Deus que não irá cessar em nada para manter aquele que é amado para a perdição. Se nós não entendemos a nossa divina eleição, não podemos nos acalentar e nos deleitar em Seu grande amor por nós. Ademais, não podemos dar toda glória a Deus por Sua graça que nos salvou se pensarmos que tudo o que Deus fez foi nos tornar possível a salvação, mas não cuidou das medidas necessárias para nos salvar com certeza. Se pensarmos que nossa escolha foi o elemento decisivo em nossa salvação, não estaremos dando toda glória ao Senhor.
Há talvez um problema em sua mente sobre esse retrato do amor de Deus. Nos dias da Reforma, desde [então], os tratamentos do amor de Deus na eleição foram freqüentemente moldados, encobertos, e de fato havia opções por questionamentos de natureza abstrata sobre a soberania de Deus na condenação [escolhida não para salvar ninguém]. Mas no Novo Testamento, mais precisamente em Romanos 8:28-11:36 e em Efésios 1:3-14, a eleição é um tema pastoral, fascinante para encorajamento dos crentes, confirmação, sustento, e louvor. [11]. Imploro a você para deixar as Escrituras falarem. Deixem-nas contarem a você sobre o amor de Deus ao invés de moldar seu entendimento com suposições dos arredores, de como você pensa que Deus deveria amar ou não. Não deixe o fato de que Deus não escolheu amar todos da mesma maneira, de mantê-lo regozijado no amor especial, perfeito e vigoroso que Deus tem por você.
Concluindo, um correto entendimento sobre o amor de Deus, especialmente tal como manifesto na incondicional eleição, proverá para uma igreja forte, fiel, leal e cheia de alegria. (...) Força do caráter, fidelidade na conduta, coragem da convicção, humildade de espírito, e esperança para o futuro são todas sustentáculo para essas gloriosas doutrinas da graça. Com elas, a igreja será mais forte; sem elas, a igreja terá obstáculos. [12]
Notas
1. John Piper, O Prazer de Deus na Eleição, sermão dado em 22 de Fevereiro de 1987.
2. John Piper, Os Prazeres de Deus: Meditações no Deleite de Deus em ser Deus, (Portland, Estado do Oregon, Multnomah Press, 1991), pág. 148.
3. Bem cedo temos visto a base bíblica para a eleição como sendo uma escolha incondicional de Deus para os indivíduos que Ele iria salvar. Então, estamos numa sólida base bíblica ao conhecer esses versículos, que mencionam a escolha de Deus e a própria de Cristo no mesmo resplendor.
4. John MacArthur, O Amor de Deus, pág. 130.
5. Piper, Os Prazeres de Deus, pág. 148.
6. J. I. Packer, Uma Investigação sobre a Santidade: A Visão Puritana da Vida Cristã (Wheaton, Estado de Illinois: Crossway Books, 1990), pp. 126-127. Este capítulo é uma republicação [do livro] de Packer Salvo por Seu Precioso Sangue: Uma Introdução à Obra de John Owen A Morte da Morte na Morte de Cristo.
7. J. I. Packer, O Amor de Deus: Universal e Particular, in A graça de Deus, o Cativeiro da Vontade, vol.
II, Thomas Schreiner e Bruce A. Ware. Edição (Grand Rapids, Estado de Minneapolis: Baker Books, 1995), pág. 421.8. Packer, Uma Investigação sobre a Santidade, pág. 137.
9. Packer, Uma Investigação sobre a Santidade, pág. 131.
10. Packer, A Graça de Deus, pág. 421.
11. Packer, A Graça de Deus, pág. 417.
12. A Graça de Deus, vol. I, Introdução.

Todas as referências bíblicas foram extraídas da Bíblia Sagrada Nova Versão, copyright © 1960, 1962, 1963, 1968, 1971, 1972, 1975, 1977, pela Fundação Lockman.
Todas as referências bíblicas [na tradução] foram extraídas da Bíblia Sagrada, versão revisada da tradução de João Ferreira de Almeida, de acordo com os melhores textos em Hebraico e Grego, copyright © 1967, 1974 por JUERP/Imprensa Bíblica Brasileira.
Tradução: Cleber Olympio
Fonte: Militar Cristão

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