segunda-feira, 22 de junho de 2015

O arrebatamento: O que as Escrituras ensinam?



O arrebatamento: O que as Escrituras ensinam?
Importante: O texto a seguir é de autoria de William Hendriksen (1900/1982). Renomado pastor, professor e autor de diversos comentários bíblicos, foi uma das maiores autoridades da atualidade na escatologia cristã.
Leitura Bíblica: 1Ts 4:13-18.

Tendo refutado a concepção dispensacionalista relativa ao arrebatamento, deixe-nos agora mostrar o que as Escrituras de fato ensinam a respeito disto:

Um arrebatamento? Sim, mas será tanto “com” quanto “para” os santos.

A conversão dos tessalonicenses era muito recente. O perigo de recaída às convicções e costumes pagãos não era improvável. Uma destas crenças pagãs era a lamentação pelos mortos, como se não houvesse nenhuma esperança. Mas seguramente para o cristão há esperança. Para ele há um futuro glorioso, para sua alma e seu corpo. Por isso, o aflito não deveria se entristecer “como os demais, que não têm esperança”. O apóstolo continua, dizendo que:
“Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem”.
Note: “com ele”. Este é o significado: O mesmo Deus que ressuscitou Jesus dos mortos também ressuscitará dos mortos os que pertencem a Jesus. Ele os trará com Jesus do céu, ou seja, ele trará a sua alma do céu, de forma que ela poderá ser reunida rapidamente, num instante, ao seu respectivo corpo, no qual ela sairá para encontrar o Senhor nos ares. Quando o Senhor, em sua natureza humana, deixar o céu, estas almas partirão com ele. Mas tenha em mente que Jesus deixará o céu em alma e corpo. As almas, porém, descem até a terra a fim de serem reunidas a seus respectivos corpos. Então estas pessoas ressuscitadas ascenderão rapidamente, para encontrar Jesus enquanto ele ainda estiver “nos ares”. E assim, nós veremos que nosso Senhor vem com os seus santos, ou seja, com as suas almas e para seus santos, isto é, para eles por inteiro (sua alma e seu corpo). Isto tudo corresponde a uma única volta.
Se os dispensacionalistas estivessem corretos, a vinda com os santos seria sete anos após a vinda para seus santos. Esqueça tudo sobre os sete anos. Estes intérpretes estão colocando a carroça à frente dos bois. Há uma vinda, mas com relação a esta vinda de Cristo, o “com” de fato precede o “para”, e não ao contrário. Porque nós lemos no versículo 14:
“Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia” (esses que dormiram).
E, então, os versículos 16 e 17 nos dizem que as pessoas, cada alma reunida a seu corpo, serão arrebatadas, portanto, é pelo poder de Deus através de Cristo que elas ascendem, pois Jesus veio para elas, para sempre estar com elas, e elas com ele.

Um arrebatamento? Sim, mas definitivamente não mil anos antes da ressurreição dos ímpios.

Os dispensacionalistas gostam de frisar a declaração de que “os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (1Ts 4:16). Eles interpretam como se a passagem inteira estivesse nesta ordem:
“E os mortos EM CRISTO ressuscitarão primeiro. Então, mil anos depois, os mortos NÃO EM CRISTO ressuscitarão”.
Porém, em nenhuma parte no parágrafo inteiro Paulo diz “então, os mortos NÂO EM CRISTO ressuscitarão”. Paulo só está pensando em crentes, em ninguém mais. Ele está mostrando um contraste entre “os mortos” em Cristo e “os que ainda estão vivendo” em Cristo.
Por um lado, haverá os crentes que, na vinda de Cristo, já estarão mortos. Por outro, haverá os sobreviventes, filhos de Deus que ainda estarão vivendo na terra. O que o apóstolo está dizendo, então, está complementando isto:
“Não se preocupem sobre seus entes queridos que morreram no Senhor. Em sentido nenhum eles sofrerão qualquer dano quando Jesus voltar. Pelo contrário, os que ainda estiverem vivos na terra terão que esperar um momento até que as almas dos que morreram reabitem seus corpos. Naquele momento de espera, os sobreviventes serão transformados num piscar de olhos. Então, juntos, como uma grande multidão, esses, que antes constituíram dois grupos, irão encontrar o Senhor”.
Assim, por favor, coloque ênfase na palavra certa, e leia como segue:
“E OS MORTOS em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, NÓS, OS VIVOS, os que ficarmos, SEREMOS ARREBATADOS juntamente com eles, entre as nuvens”.
Um arrebatamento? Sim, mas não secreto e silencioso.

Note as palavras:
“Dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus”.
Este foi chamado de “o versículo mais ruidoso na Bíblia”. Seguramente, este versículo indica que a vinda do Senhor será pública e audível. Para detalhes da explicação sobre a natureza deste grito de comando, do arcanjo e da trombeta, leia atentamente meu Commentary on Thessalonians (Comentários do Novo Testamento – 1 e 2 Tessalonicenses). O retorno de Cristo será claramente visível (Ap 1:7).

Um arrebatamento? Sim, mas não sob o ponto de vista das bodas de sete anos.

Nós lemos:
“Estaremos para sempre com o Senhor”.
Por favor, observe que as palavras são “para sempre”, e não “sete anos”. Para sempre com o Senhor. Como isso será maravilhoso!
“Então, encorajem-se uns aos outros com estas palavras.”

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